Balada de Despedida do V ano jurídico de 88/89 Vídeo de: Amanhecer – Grupo de Fado de Coimbra
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Fado de Coimbra
Muito ligado às tradições académicas da respectiva Universidade, o Fado de Coimbra tem as suas origens nos estudantes de todo o país que levavam as suas guitarras para Coimbra e, como ainda hoje se assiste, é exclusivamente cantado por homens e tanto os cantores como os músicos usam o traje académico: calças e batina pretas, cobertas por capa de fazenda de lã igualmente preta. Canta-se à noite, quase às escuras, em praças ou ruas da cidade. O local mais típico é na praça junto ao Mosteiro da Sé Velha. Também é tradicional organizar serenatas, em que se canta junto à janela da casa da dama que se pretende conquistar.
Se o Fado é considerado a canção da alma portuguesa, o Fado de Coimbra é, seguramente, a música que marca o ritmo do coração da cidade dos estudantes. Intimamente ligado às tradições académicas, o Fado de Coimbra surgiu espontaneamente por entre os grupos de estudantes que, ao mudarem-se para a cidade para frequentar a Universidade, levavam consigo as suas guitarras portuguesas.
A tradição manteve-se até hoje; cantado exclusivamente por homens, o fado coimbrão implica rigor nas vestes. Os grupos de músicos e cantores, envergando o traje académico de calça, batina e capa de cor negra que confere solenidade ao momento, cantam à noite nas praças e ruas da cidade, palco privilegiado da canção de Coimbra.
Durante a época da Ditadura, a par dos movimentos políticos no seio da Universidade, também o Fado serviu de veículo de intervenção entre os estudantes. Nomes como Adriano Correia de Oliveira ou José Afonso adotaram as baladas como forma de expressão política, num tempo em que a palavra valia mais que mil armas.
Se visitar a cidade, não perca uma das típicas serenatas por baixo das janelas das amadas, ou assista às magníficas atuações dos grupos que cantam frente à Sé Velha, dedilhando temas conhecidos que falam da cidade, da vida dos estudantes, ou acompanham as palavras de nomes maiores da poesia portuguesa.
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